Acesse e leia livro sobre as 40 horas de Angicos e Campanha de Pé no Chão Também se Aprende a Ler


O projeto EJA em Movimento está disponibilizando uma versão digitalizada da obra "40 horas de Angicos e Campanha de Pé no Chão Também se Aprende a Ler: Movimentos e Memórias da Educação de Jovens e Adultos", organizado pelas professoras Marisa Narcizo Sampaio(UFRN) e Rosa Aparecida Pinheiro(UFSCar).

O livro contém artigos que analisam várias camadas do que foi a experiência de alfabetização de jovens e adultos que projetou o nome de Paulo Freire nacionalmente, no início dos anos 1960, bem como da Campanha de Pé no Chão Também se Aprende a Ler, em Natal, no mesmo períoodo.

No livro, temos o registro do contexto dos primeiros anos da década de 1960, no Nordeste, no Rio Grande do Norte e em Natal, no qual se dá a construção de diferentes projetos de educação popular e educação de jovens e adultos.

No artigo de Fernanda Mayara Sales de Aquino e Tâmara Aline Silva Rodrigues, encontramos a abordagem dos elementos políticos e culturais da formação dos professores e professoras da Campanha de Pé no Chão Também se Aprende a Ler, a partir de vivências narradas de docentes que participaram desta experiência educativa, o que torna visível o desenvolvimento das práticas pedagógicas que levavam em consideração a formação cultural e política dos alunos já na década de 1960.

No artigo de Amagdallas Oliveira Cabral e Marisa Narcizo Sampaio, "O Material Didático na Educação de Jovens e Adultos da Campanha de pé no chão também se aprende a ler", são identificados alguns dos materiais didáticos utilizados na Campanha a partir das memórias de dois professores, e suas formas de uso são discutidas em função das distintas práticas dos docentes.

Roseane Idalino da Silva identifica e discute as práticas de formação de leitores presentes na prática pedagógica de professores da Campanha, abordando principalmente três aspectos: o objetivo da leitura na Campanha; a formação do professor na Campanha referente à formação de leitores; e a existência de práticas de leitura comuns às professoras entrevistadas.

No tocante à experiência das 40 horas de Angicos o livro traz o artigo do prof. Francisco Canindé da Silva (UERN), o qual apresenta reflexivamente aspectos da pedagogia freireana, acercando-se do pensamento filosófico crítico e emancipatório, relacionando-a as práticas educativas da atualidade, singularmente às práticas que envolvem pessoas jovens e adultas em processos de formação escolar e não escolar, sejam eles professores ou alunos, em artigo intitulado "A Pedagogia Freireana – da Experiência de Angicos aos dias atuais". Já em outro texto, intitulado "Práticas curriculares nas Quarenta Horas de Angicos: desafios emergentes à educação de jovens e adultos na atualidade", este mesmo professor se junta a Maria Selma dos Santos para fazer uma reflexão em  acerca dos desafios que se colocam à EJA na atualidade, especificamente àqueles postos ao currículo, a partir dos relatos das memórias dos protagonistas das “40 horas”. A reflexão se propõe a fazer, e propõe aos leitores, reconstruções positivas e propositivas no enfrentamento dos desafios e deApresentação questões apresentadas nos cotidianos dessa modalidade de ensino.

Com a intenção de reviver as memórias para pensar o presente, compreender criticamente o passado e construir o futuro, Marisa Narcizo Sampaio, Tâmara Aline Silva

Rodrigues e Thabatta Louise Zilio trazem-nos "Reflexões sobre a Formação de Coordenadores de Círculo de Cultura na Experiência das 40 horas de Angicos", no qual discutem a formação dos coordenadores dos círculos de cultura antes e durante o seu acontecimento, além de suas práticas pedagógicas. Com elas podemos ver o que nos ensinam hoje sobre trabalho coletivo e dialogado as práticas de formação continuada desses professores e professoras de 50 anos atrás.

Debruçando-se sobre a experiência pedagógica paulofreireana de Angicos, Alessandro Augusto de Azevêdo considera que a rememoração da experiência de Angicos oferece a oportunidade de se discutir as formas como se pensou e se têm pensado a superação da problemática do analfabetismo entre jovens e adultos no Brasil. Nesse sentido, o artigo se propõe a fazer uma análise de aspectos da experiência de Angicos que se desdobram como desafios contemporâneos e que merecem não apenas um olhar atualizado, mas um novo olhar.

O livro pode ser acessado e baixado, na íntegra, pelo link: encurtador.com.br/qvLW7

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